A visão sistémica e o feminino

A mulher de hoje vive em muitos pequenos mundos em  diversos papéis e lugares.

O mundo feminino tem inicio bem antes da gestação da nossa mãe, vamos olhar a nossa avó quando estava grávida da nossa mãe.

Quando a avó está grávida a gerar a nossa mãe, o óvulo que dará origem à nossa vida está também a ser gerado, o que significa que nesse momento a dimensão física e emocional vivida pela avó vai ter um profundo impacto na sua filha e na sua neta.

Portanto, somos a soma da vida transmitida de geração em geração através de todos os ancestrais que tiveram de existir para que chegássemos à vida.

A grande questão pode ser,

Que feridas carrega a mulher de hoje da linhagem feminina que a antecedeu?

A maioria de nós mulheres está a ser movida por um arquétipo interno de emancipação e juventude, talvez este reflexo seja o extremo da necessidade de libertação das dores vividas pelas nossas ancestrais.

Ainda carregamos connosco as dores por falta de,

liberdade, autonomia, autodeterminação, empoderamento, expressão própria, e de independência. É como se precisássemos da autorização de todas estas mulheres para vivermos mais leves.

Dentro de nós habita uma lealdade inconsciente que precisa de ser visitada, amada e resignificada.

“Como posso viver em alegria e abundância se as minhas ancestrais viveram em submissão e opressão?”

Agora todas nós podemos, carregamos connosco também toda a sua força, amor, coragem e determinação.

Podemos olhar para o nosso Clã Feminino e honrar todos os destinos e dores vividas, para que hoje sejamos capazes de fazer diferente em honra a todas Elas, podemos seguir de forma mais leve em todas as dimensões da nossa vida.

Ser mulher é viver uma parte essencial da emoção onde tudo cria, doando-se e ao mesmo tempo nutrindo.

Na Mulher habita o arquétipo da mãe ou rainha, para o sermos precisamos apenas de estar bem e pacificadas em cada um dos nossos pequenos mundos, este movimento está conectado à nossa capacidade de tomar a mãe, tomar o pai e tomar a vida tal como ela foi e agora é.

O sagrado feminino só terá lugar quando tomar o masculino, é através deste equilíbrio natural e harmonioso que tomamos a nossa completude.

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Unir o que antes foi separado, isto é uma Constelação Sistémica.